A edição 2017 do Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola”tem como tema a “Ciência e tecnologia ao serviço de um mundo melhor”, promovendo atividades no âmbito das novas tecnologias, nomeadamente as ciências da computação e robótica.
O mundo de hoje está em ritmo acelerado e transforma-se rapidamente. A ciência da computação e a robótica têm vindo a desenvolver-se muito nos últimos tempos e a escola inserida no contexto da sociedade, não pode ficar à margem desta realidade. A atividade tecnológica nas escolas, no que se refere às ciências da computação e robótica, permite satisfazer a necessidade de encontrar algumas soluções para problemas do mundo actual. Este projecto visa pois, dar cumprimento ao tema proposto pela Fundação Ilídio Pinho, pondo a Ciência e a Tecnologia ao serviço de um mundo melhor das pessoas com limitações visuais.
O projeto "Ver a Sentir" teve por objetivo o desenvolvimento de protótipos robóticos que permitam às pessoas invisuais ou com baixa visão, se localizarem por exemplo numa escola ou num espaço comercial e/ou encontrarem os produtos nas prateleiras dos supermercados e ainda receber toda a informação disponível sobre esses mesmos produtos, através de um pequeno equipamento, colocado ao pescoço, munido de um simples auscultador.
O acessório desenvolvido tem a vantagem de ser um equipamento leve e de fácil transporte, que através de um sistema de comunicação por IRD ou NFC, permite receber a informação disponível sobre os espaços ou produtos preparados para o efeito. O equipamento desenvolvido pode ser aplicado em diversos espaços, nomeadamente superfícies comerciais, onde a pessoa se pode localizar no espaço ou localizar os produtos que procura assim como, ter acesso à informação dos produtos disponíveis nas prateleiras, nos hospitais ou escolas, permitindo aos alunos saberem o local ou sala de aulas que procuram. Através da criação deste protótipo colocamos a ciência e a tecnologia ao serviço de um mundo melhor na qualidade de vida destas pessoas.
Em termos educacionais este projeto, permitiu envolver os alunos na compreensão da robótica e sua aplicabilidade à realidade, com o intuito de contribuir para a inovação tecnológica, promover a inclusão social/escolar através da interação, estabelecimento de relações e acesso a experiências diversificadas; Promover a autonomia, participação, igualdade e integração escolar/social; Promover capacidades no âmbito socioprofissional e o empreendedorismo, visando a integração comunitária.
A velocidade do avanço da tecnologia é um desafio constante à nossa sociedade, o que faz deste projeto, no âmbito da ciência e tecnologia, um incentivo para os alunos desenvolverem equipamentos robotizados que possam contribuir para a qualidade de vida de algumas pessoas. Deste modo, foram desenvolvidas atividades de construção, programação, controlo e uso de protótipos robóticos, que permitam colmatar algumas limitações de pessoas invisuais ou com baixa visão.
Na realização do projeto, foram estabelecidas reuniões e parcerias com instituições e profissionais de saúde, nomeadamente do Gabinete Municipal de Apoio a Pessoas de Baixa Visão e Invisuais no concelho de Torres Vedras e administração dos Supermercados Pingo Doce, tendo em vista a experimentação e aplicabilidade do projecto. Depois de efetuadas várias reuniões com profissionais de saúde e pessoas invisuais/com baixa visão, de forma a elucidar sobre as principais dificuldades e necessidades sentidas, iniciou-se a construção de vários protótipos. Após a testagem e avaliação dos mesmos, optámos pela optimização do que considerámos ser mais eficaz face às necessidades sentidas e aos objectivos propostos.
Em resultado da participação ativa dos intervenientes neste projecto, podemos agora apresentar o protótipo "Ver a Sentir/ouvir", que utilizado em espaços previamente preparados com pequenos equipamentos de IRD ou NFC e com informação disponível, permite que pessoas com baixa-visão, invisuais ou com dificuldades de leitura, possam ser informados por meio de um pequeno auscultador toda a informação disponível, o que permite uma maior autonomia e qualidade de vida.
Este projeto procurou fomentar nos alunos a curiosidade pelas ciências da computação e robótica e simultaneamente a sua aplicabilidade à realidade; desenvolver capacidades cognitivas, emocionais e sociais impulsionadoras do desenvolvimento de competências essenciais nos dias de hoje, nomeadamente: o raciocínio lógico, a resolução de problemas complexos, a flexibilidade cognitiva, a criatividade, o pensamento crítico, a autonomia, a concentração, a capacidade de tomada de decisão e o trabalho em equipa e a cooperação.
Para além do trabalho desenvolvido em sala de aula, entre muitas atividades, podemos salientar as seguintes:
• Reuniões com profissionais de saúde e educação , nomeadamente do Gabinete Municipal de Apoio a Pessoas de Baixa visão e Invisuais no concelho de Torres Vedras;
• Reuniões com elemento da administração do espaço comercial Pingo Doce em Torres Vedras tendo em vista a experimentação e aplicabilidade do projecto;
• Sessões experimentais com o protótipo desenvolvido com pessoas invisuais ou baixa-visão
• Apresentação e demonstração do projeto desenvolvido a empresários interessados na sua fabricação, à comunidade escolar, assim como a diversos órgãos de comunicação social, escrita e televisiva;
• Apresentação e demonstração do projeto desenvolvido nos eventos “RobôOeste 2017”, “Festival Nacional de Robótica 2017” e “E-TECH Portugal 2017”.
• Apresentação pública na modalidade FreeBots no Festival Nacional de Robótica, decorreu entre 27 a 30 de abril, na Universidade de Coimbra, tendo recebido o 3º lugar.
Apresentação e testes do protótipo
Apresentação do projeto ao Secretário de Estado da Indústria
Escola de São Gonçalo
Estrada Serra da Vila 2560-581 Torres Vedras
Coordenadas GPS: N39.082247, W9.262760
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